A pandemia do COVID-19 conseguiu alterar drasticamente o comportamento humano e desestruturar o mercado mundial em questão de pouquíssimo tempo. As fábricas desaceleraram, empresários precisaram modificar suas operações e até mesmo o cenário esportivo sentiu o impacto do vírus. Por outro lado, houve um crescimento notável do consumo de streaming.
A principal estratégia adotada por diversas empresas é o home office. Além de ser uma maneira de manter o isolamento social para impedir o avanço do coronavírus, é possível manter a produtividade da operação, minimizando as perdas geradas pela crise econômica.
No entanto, em meio à essa necessidade exacerbada, como se encontra o setor atualmente?
De acordo com a análise da Canalys, a expectativa é que o mercado de computadores sofra um recuo em torno de 3,4% e 8,5% no decorrer do ano de 2020. Esta análise é pautada em números de computadores fabricados e direcionados para lojistas, ou seja, sem terem sido necessariamente vendidos.
Sendo assim, para o primeiro trimestre de 2020 a previsão é que ocorra uma redução de 10,1% e 21,6% na quantidade de remessas. A análise aponta que o problema pode se manter para o segundo trimestre, com quedas entre 8,9% e 23,4%. Vale lembrar que a Canalys realiza tais projeções de acordo com o melhor e o pior cenário.
As maiores empresas do segmento, como a LeNovo, estão adotando medidas para manter as operações em casa e dispensar funcionários das fábricas. Afinal de contas, é fundamental que a saúde da equipe seja priorizada em situações como essa. O CEO da LeNovo, Yuanqing Yang, se posicionou sobre a disseminação do vírus e os impactos negativos durante os últimos dois meses.
Embora as fábricas estejam desacelerando, a empresa reafirmou o compromisso de levar a tecnologia para que as tarefas realizadas em casa não sejam interrompidas. A tecnologia é fundamental neste momento, para lidar com os desafios que o COVID-19 gerou em questão global.
A influência do vírus também foi negativa para o cenário esportivo. Como supracitado anteriormente, eventos foram cancelados e competições adiadas. Por outro lado, o cenário de esports vêm recebendo maior visibilidade e espaço neste período.
Atletas profissionais dos esportes tradicionais e jogadores de esports têm promovido competições beneficentes e partidas online durante a quarentena. Grandes empresas têm patrocinado essas ações, enfatizando a importância da união em um momento como esse. Os jogos de inúmeras modalidades podem ser acompanhados na Twitch.TV, Facebook ou Youtube, e agregam vários fãs de esportes tradicionais que buscam por alguma distração neste período de quarentena.
Durante a semana do dia 20 a 26 de março, foi realizada a versão sul-americana da WeSave! Clarity, que reuniu 24 times ao redor do mundo (entre estes, os times brasileiros FURIA e NoPing) visando arrecadação de fundos para combater o COVID-19. A premiação consistiu em US$ 200 mil dividida em seis regiões do mundo. Em torno de 100 mil pessoas acompanharam o torneio simultaneamente.
Em League Of Legends, o streamer popularmente conhecido como “Baiano” organizou o CBolão Beneficente. A meta de arrecadação começou com R$ 50 mil, mas diante do patrocínio realizado por grandes organizações, o valor total alcançou R$ 125 mil. Além disso, o campeonato atingiu uma média de 100 mil pessoas que assistiram cada momento no canal do Baiano na Twitch.TV.
Na Espanha, houve a competição beneficente LaLiga, voltada para FIFA20. Esta consistiu em todos os Clubes do Campeonato Espanhol enviarem um jogador como representante (exceto Barcelona e Mallorca, que possuem contratos exclusivos com a Konami). A arrecadação total do campeonato girou em torno de €140 mil, e teve Marcos Asensio, jogador do Real Madrid, como ganhador. Transmitido por uma emissora de televisão espanhola pela internet, em torno de 170 mil pessoas acompanharam simultaneamente.
Estes são apenas alguns dos inúmeros exemplos de união e solidariedade no cenário esportivo. É fundamental que as vidas sejam priorizadas, e adaptações como as supracitadas (tanto no cenário esportivo quanto em grandes e pequenas empresas) continuem sendo realizadas.
Publicado por Livia Dias